quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Prova que os livros são melhores que os filmes - O Lado Selvagem

Todos nós, por mais que lutemos contra tal, somos controlados por fatores na nossa vida pessoal que dominam tudo o resto que fazemos, seja estudar, trabalhar ou até mesmo coisas que fazemos por prazer como ler. Não tenho problemas em admitir que apesar de ler ser uma das minhas maiores  paixões, muitas vezes torna-se tão entediante quanto fazer os T.P.C’s quando andava na primária e o que eu queria mesmo era brincar na rua. Tenho um certo objetivo de livros lidos que quero atingir por ano e preciso de o cumprir de forma a manter-me motivada. 

No entanto, existe alturas que acertas no jackpot da leitura. Muitas vezes isso pode acontecer quando te atreves a sair do teu género de conforto.

O que me levou à descoberta de Into the Wild (O Lado Selvagem) de Jon Krakauer.

Título Original: Into the Wild (pensava que já tinha dito)
Autor: Jon Krakauer (se bem me lembro também já foi mencionado)
Editora: Editorial Presença (se tivessem clicado no link para o website da Wook também sabiam este detalhe)
Páginas: 224 (este pormenor importa? Depois de tudo o que vou dizer vais continuar sem lê-lo?)

Sinopse: Baseado no caso real de Christopher McCandless, um jovem de vinte e dois anos que, ao terminar a faculdade, doou todo o seu dinheiro a uma instituição de caridade, mudou de identidade e partiu em busca de uma experiência genuína que transcendesse o materialismo do quotidiano. Começando a sua viagem pelo Oeste americano, Christopher dá igualmente início a uma aventura que mais tarde viria a encher as páginas dos jornais e que termina com a sua morte no Alasca. Uma morte misteriosa… Acidental ou propositada? Um livro comovente que cativa o leitor pela forma como é retratada a força indomável de um espírito rebelde e lírico.

Opinião: Quem me conhece sabe que adoro tudo o que esteja relacionado com aventura e natureza, e é talvez por essa razão que esta história me comoveu tanto. Não tenho por hábito ler livros que não se lêem de uma maneira convencional. Leio uns quantos capítulos de livros escolares ou assim, mas nada deste género; que se começa sabendo já o fim, e que não tem o original conflito e final feliz a que estamos habituados.

Jon Krakauer (ainda se lembram quem é ele? O autor do livro?) sentiu-se extremamente emocionado ao ouvir a história do jovem Chris McCandless e foi subitamente inundado por uma grande curiosidade em saber mais. O que levou este peregrino a embarcar em tal aventura? Como foi ali parar e o que correu mal?

A minha afinidade para com este livro não vem do desejo de ser como ele. Ele não é um herói no sentido que derrota o vilão da história como tantos livros que lemos. A minha afinidade provém das semelhanças que vejo. Um personagem fora do vulgar, com gostos e paixões semelhantes às minhas, que possui no entanto uma personalidade única e fortes princípios e que me faz desejar ser mais como ele.

Chris “Alexander Supertramp” McCandless é um amante do selvagem e ensina-nos que, apesar de admirável no seu estado mais puro e indomável, a natureza não deve ser tratada como uma amiga, mas com respeito e puro fascínio.

Jon Krakauer tem um talento nato para escolher as citações mais apropriadas no início de cada capítulo de forma a deixar-nos a ansiar por mais e eu relacionei-me pessoalmente com algumas delas

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